Eu e todo mundo. O cara foi o pai da retórica, autocontradições e falta de consistência lógica. Obras sem estrutura lógica e relativizando verdades absolutas. Um apanhado de ideias desconexas.
Quando eu estava no mestrado tivemos um grande debate sobre Freud que acabou envolvendo Nietzsche, por "acidente" (pois os questionamentos de ambos apontavam, basicamente, na mesma direção, ainda que em campos distintos). Em uma intervenção, um dos nossos professores apontou que, conforme seus estudos o aproximavam de questionamentos a respeito da própria essência da identidade e do sentido da existência, Freud preferiu um recuo "acadêmico" com o argumento (ou desculpa) de focar-se naquilo que fosse operável clinicamente. Nietzsche, por outro lado (e como lhe era característico), não recuou e seguiu questionando aqueles dois pontos até o momento em que qualquer ilusão ordem fosse impossível. Diante de uma existência sem fundamentos absolutos, o ser humano, em conflito com a realidade e consigo mesmo, tentaria se agarrar à razão como forma de prover um mínimo de estabilidade, ignorando que a razão, em última instância, é escrava das pulsões (para usar um termo freudiano). Eu, que sempre curti as obras de Albert Camus, simpatizei muito mais com as ideias de Nietzsche que com as de Freud, mas a divisão da turma era grande (Freud era o lado utilitarista e aplicado da ciência: ela deve ter aplicação prática; Nietzsche era o puro questionamento que faz o conhecimento avançar mesmo que, naquele momento específico, os impactos de seu pensamento não fossem contemplados). Num resumão tupiniquim: Freud era do "calma, calabreso"; Nietzsche era "dedo no c* e gritaria"; Enquanto isso, Camus, tomando uma breja, grita: "manda mais uma porção de calabresa!".
Obviamente Freud leu Nietzsche, entretanto Freud disse que não foi influenciado por ele (ignorando o que ele mesmo (Freud) disse que toda criação é uma memória mascarada rsrsrs). Porém vejo nos dois mais a influência de antecessores como Schopenhauer por exemplo (claro que mais marcadamente e claramente em Nietzsche com relação ao pessimismo). Gosto dos livros dele, mas concordo com @EltonJohn que ele morreu como viveu
RIP
Gatrão quer engajamento...
editado em 30 de dez. de 2025 09:31achava que esse livro era um pouco mais antigo
Morreu como viveu: demente
Não conseguia entender os livros dele né?
Ele se perdeu no personagem
Eu e todo mundo. O cara foi o pai da retórica, autocontradições e falta de consistência lógica. Obras sem estrutura lógica e relativizando verdades absolutas. Um apanhado de ideias desconexas.
Da um exemplo de verdade absoluta que ele relativizou, só pra ver um negócio.
Briga, briga, briga... XD
Cada um consome a maluquice que quiser. Eu indicaria outro maluco
Todas, o que vale é a interpretação subjetiva. O amor por exemplo, pra ele é só uma forma de dominação.
editado em 30 de dez. de 2025 11:58Quando eu estava no mestrado tivemos um grande debate sobre Freud que acabou envolvendo Nietzsche, por "acidente" (pois os questionamentos de ambos apontavam, basicamente, na mesma direção, ainda que em campos distintos). Em uma intervenção, um dos nossos professores apontou que, conforme seus estudos o aproximavam de questionamentos a respeito da própria essência da identidade e do sentido da existência, Freud preferiu um recuo "acadêmico" com o argumento (ou desculpa) de focar-se naquilo que fosse operável clinicamente. Nietzsche, por outro lado (e como lhe era característico), não recuou e seguiu questionando aqueles dois pontos até o momento em que qualquer ilusão ordem fosse impossível. Diante de uma existência sem fundamentos absolutos, o ser humano, em conflito com a realidade e consigo mesmo, tentaria se agarrar à razão como forma de prover um mínimo de estabilidade, ignorando que a razão, em última instância, é escrava das pulsões (para usar um termo freudiano). Eu, que sempre curti as obras de Albert Camus, simpatizei muito mais com as ideias de Nietzsche que com as de Freud, mas a divisão da turma era grande (Freud era o lado utilitarista e aplicado da ciência: ela deve ter aplicação prática; Nietzsche era o puro questionamento que faz o conhecimento avançar mesmo que, naquele momento específico, os impactos de seu pensamento não fossem contemplados). Num resumão tupiniquim: Freud era do "calma, calabreso"; Nietzsche era "dedo no c* e gritaria"; Enquanto isso, Camus, tomando uma breja, grita: "manda mais uma porção de calabresa!".
Obviamente Freud leu Nietzsche, entretanto Freud disse que não foi influenciado por ele (ignorando o que ele mesmo (Freud) disse que toda criação é uma memória mascarada rsrsrs). Porém vejo nos dois mais a influência de antecessores como Schopenhauer por exemplo (claro que mais marcadamente e claramente em Nietzsche com relação ao pessimismo). Gosto dos livros dele, mas concordo com @EltonJohn que ele morreu como viveu
Se tem livro dele aqui é pq morreu